O mês de novembro trouxe uma virada simbólica para a Tesla no maior mercado de veículos elétricos do mundo. Segundo dados da Associação Chinesa de Veículos de Passageiros, a empresa de Elon Musk registrou crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto a BYD, líder consolidada, recuou 5,3%.

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Esse avanço ocorre em um momento estratégico para a Tesla, que enfrenta retração na Europa e forte concorrência nos Estados Unidos. A Gigafábrica de Xangai tem sido o pilar da operação global, garantindo fluxo de produção e entregas mesmo em meio às turbulências. O resultado de novembro, ainda que modesto, sinaliza estabilidade e abre espaço para recuperação em um mercado altamente competitivo.
A BYD, por sua vez, continua com números expressivos — mais de 480 mil elétricos e híbridos vendidos no mês, seu maior total do ano. Contudo, a queda anual e três meses consecutivos de retração acendem um alerta. A guerra de preços no setor e a repressão oficial a descontos agressivos pressionam a rentabilidade da marca, exigindo ajustes comerciais.
No cenário global, a disputa segue intensa. Na Europa, a Tesla perdeu terreno, permitindo que a BYD avançasse com força: em outubro, a chinesa vendeu mais que o dobro da rival americana e, em novembro, alcançou recorde internacional de 131.935 unidades. Esse movimento reforça a estratégia da BYD de expandir além da Ásia.
Apesar da vitória pontual na China, a Tesla ainda caminha para registrar queda nas vendas totais pelo segundo ano consecutivo. Já a BYD permanece próxima de ultrapassar a americana como maior vendedora mundial de elétricos a bateria em 2025.
O salto de novembro, portanto, não encerra as dificuldades da Tesla, mas mostra que o mercado chinês continua sendo decisivo para sua sobrevivência e para manter viva a disputa global com a BYD.
Com informações do News Motor.




