A disputa pelo título de carro elétrico mais acessível do Brasil ganhou novos contornos com a comparação entre o BYD Dolphin Mini GS seminovo e o Dolphin Mini GL novo, vendido por meio de canais diretos. A diferença entre os dois modelos vai além do preço e envolve autonomia, garantia e até questões fiscais.
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O Dolphin Mini GS usado pode ser encontrado por cerca de 90 mil reais, geralmente em versões com histórico de leilão ou quilometragem elevada. Ele traz bateria de 38 kWh e autonomia de 280 quilômetros pelo padrão Inmetro. Já o Dolphin Mini GL novo, oferecido em vendas diretas para públicos específicos como taxistas, PCDs e pessoas jurídicas, parte de 98.590 reais e vem com bateria menor, de 30 kWh, entregando até 250 quilômetros de alcance.
A diferença de 30 quilômetros pode parecer pequena, mas para motoristas de aplicativo ou quem roda longas distâncias diariamente, esse trecho extra pode evitar recargas e reduzir a chamada “ansiedade de autonomia”. Outro ponto crucial é a garantia: enquanto o GS usado pode ter perdido a cobertura de fábrica em casos de acidentes ou reparos fora da rede autorizada, o GL novo oferece garantia completa e intacta.
O preço mais baixo do GL novo se explica pelas isenções fiscais aplicadas nas vendas diretas. No entanto, há burocracias envolvidas. Quem abre um CNPJ ou MEI apenas para obter o desconto precisa estar atento ao limite de faturamento anual e às regras de carência, já que veículos comprados nesse regime não podem ser revendidos imediatamente sem a devolução dos impostos.
Na prática, o GS usado pode ser interessante para quem busca economia imediata e aceita os riscos de histórico duvidoso. Já o GL novo se mostra mais seguro para quem valoriza garantia e pretende usar o carro profissionalmente. Para a maioria dos consumidores, a diferença de preço entre um seminovo arriscado e um zero-quilômetro com cobertura total é pequena demais para justificar o risco.
Com informações do Garagem 360.
