A Toyota apresentou oficialmente a nona geração da Hilux, que chega em 2026 com mudanças profundas em design, motorização e tecnologia. A picape, uma das mais tradicionais do mercado global, passa por uma transformação histórica ao estrear uma versão totalmente elétrica e adotar um estilo batizado pela marca de “Cyber Sumo”, inspirado na Tacoma norte-americana.

Foto: Divulgação.
O visual abandona linhas conservadoras e aposta em traços robustos e angulares. Na dianteira, os faróis de LED ficaram mais finos e agressivos, enquanto a grade ganhou desenho fechado nas versões elétricas. Na traseira, as lanternas foram redesenhadas e a inscrição “Toyota” em relevo substitui o logotipo, reforçando sofisticação. Apesar da revolução estética, o chassi de longarinas foi mantido, mas reforçado para suportar os novos conjuntos motrizes.
No interior, a inspiração vem do Land Cruiser Prado. O painel agora é dominado por duas telas de 12,3 polegadas, uma para os instrumentos e outra para a multimídia. A Toyota manteve sua filosofia de praticidade, preservando botões físicos para funções essenciais como ar-condicionado e seletor de tração 4×4, facilitando o uso em condições adversas.
A grande novidade é a Hilux BEV, versão 100% elétrica equipada com dois motores que entregam 193 cv combinados. A aceleração de 0 a 100 km/h deve ficar abaixo dos 10 segundos, mas a autonomia é limitada a 240 km no ciclo WLTP. Com bateria de 59,2 kWh, a picape elétrica tem foco urbano e corporativo, já que sua capacidade de reboque cai para 1.600 kg e a carga útil para 715 kg.
Para quem busca força bruta, o motor 2.8 turbodiesel continua disponível, agora com sistema híbrido-leve de 48V. Essa configuração mantém a capacidade de reboque de 3.500 kg e carga útil de 1.000 kg, preservando a vocação da Hilux para o trabalho pesado e longas distâncias.
Entre os avanços tecnológicos, a direção passa a ser elétrica, oferecendo mais conforto em manobras e uso diário. O isolamento acústico foi aprimorado e o pacote Toyota Safety Sense atualizado, incluindo assistente de permanência em faixa e monitor de ponto cego. A suspensão traseira com feixe de molas foi recalibrada para maior suavidade, sem perder robustez.
A produção da Hilux 2026 começa em 2025, com lançamento global previsto para dezembro na Austrália e Europa, seguido por Tailândia e Japão em 2026. Os preços devem variar entre 30 mil e 70 mil dólares nas versões a combustão, enquanto a elétrica pode ultrapassar os 100 mil dólares.
Com mais de 21 milhões de unidades vendidas ao longo de sua história, a Hilux renasce pronta para um futuro eletrificado, sem abrir mão da essência de robustez que a consagrou.
Com informações do Garagem 360.




