A obrigatoriedade do uso da cadeirinha infantil no transporte de crianças de até quatro anos é amplamente conhecida pelos motoristas brasileiros. No entanto, o posicionamento correto do dispositivo no banco traseiro pode ser decisivo para a segurança dos pequenos em caso de acidentes. Estudos recentes e recomendações técnicas indicam que a escolha do local de instalação influencia diretamente na proteção oferecida.

Foto: Divulgação.
Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o centro do banco traseiro é a posição mais segura para a cadeirinha, desde que o veículo esteja equipado com cinto de três pontos ou sistema de ancoragem Isofix. Crianças transportadas nessa posição têm até 24% menos risco de morte em colisões, conforme apontam pesquisas internacionais.
Entretanto, nem todos os veículos oferecem essa configuração. Quando o assento central não é viável, especialistas recomendam a instalação atrás do motorista. A jornalista automotiva Cris Amaral, especialista em segurança veicular, explica que essa posição combina proteção passiva com maior probabilidade de reação instintiva do condutor em situações de emergência, reduzindo o risco de impactos diretos.
Além disso, o lado do motorista facilita a retirada rápida da criança em casos de urgência, como assaltos ou acidentes, sem a necessidade de contornar o veículo — um detalhe que pode ser decisivo em contextos críticos.
O uso correto da cadeirinha infantil é considerado uma das medidas mais eficazes para reduzir mortes e ferimentos graves no trânsito. De acordo com a Abramet, o dispositivo pode diminuir o risco de morte em até 71%, ao distribuir o impacto pelo corpo da criança e mantê-la firmemente protegida durante frenagens bruscas ou colisões.
A legislação brasileira exige o uso de assentos de segurança conforme a faixa etária e o peso da criança, mas a conscientização sobre o posicionamento ideal ainda é limitada. A escolha entre o banco central e o lado do motorista deve considerar não apenas a estrutura do veículo, mas também o contexto de circulação e as condições de segurança envolvidas.
Em resumo, a proteção infantil no trânsito vai além do cumprimento legal. Envolve decisões conscientes, atenção aos detalhes e compromisso com a segurança. Sempre que possível, opte pelo banco central. Quando não for viável, o lado do motorista é a alternativa mais prudente.
Com informações do News Motor.




