A crescente eletrificação dos transportes no Brasil tem impulsionado o interesse por veículos elétricos (VEs), mas também levantado dúvidas sobre sua valorização no mercado. Um levantamento recente do Índice Webmotors de Preços (IWP), divulgado em setembro de 2025, revelou que os carros elétricos — novos e usados — apresentaram queda de valor mais acentuada do que os modelos a combustão.
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Segundo os dados, os elétricos 0 km registraram desvalorização de -0,492%, enquanto os veículos a combustão caíram apenas -0,150%. Entre os usados, os elétricos tiveram queda de -0,818%, contra -0,477% dos modelos tradicionais. Os seminovos elétricos foram os mais afetados, embora o resultado represente leve melhora em relação a agosto, quando a retração foi de -1,474%.
Especialistas apontam quatro fatores principais para essa diferença:
- Evolução tecnológica acelerada: Novos modelos com baterias mais eficientes tornam os veículos anteriores rapidamente obsoletos, impactando o valor de revenda.
- Queda nos preços dos elétricos novos: A entrada de montadoras chinesas e estratégias agressivas de precificação pressionam o mercado de usados.
- Incerteza sobre baterias: O alto custo de substituição e dúvidas sobre durabilidade geram receio entre consumidores.
- Mudanças tributárias: Novas regras de taxação sobre importação de VEs, em vigor desde 2024, criam instabilidade nos preços futuros.
Os carros híbridos, que combinam motor elétrico e a combustão, apresentaram desempenho intermediário. Os modelos 0 km caíram -0,149%, praticamente empatando com os veículos a combustão, enquanto os usados registraram queda de -1,019%.
Para Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors, o mercado está em transição e ainda se ajusta à nova realidade da mobilidade elétrica. Ele destaca que a queda nos preços pode representar uma oportunidade para quem deseja adquirir seu primeiro carro elétrico usado, aproveitando o momento de ajuste.
Com os elétricos desvalorizando mais de 0,8% em setembro, o consumidor se vê diante de uma escolha estratégica: investir no futuro da eletrificação ou apostar na estabilidade dos modelos a combustão.
Com informações do News Motor.
