A Volkswagen confirmou um dos movimentos mais ambiciosos de sua história na América do Sul: a partir de 2026, todos os modelos produzidos na região terão versões eletrificadas. A iniciativa marca o início de uma nova fase para a montadora, que aposta na transição energética como pilar estratégico para os próximos anos.

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O anúncio foi feito na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), com a presença de autoridades como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O projeto conta com crédito de R$ 2,3 bilhões do banco de fomento, voltado ao desenvolvimento de híbridos leves, convencionais e plug-in.
Até 2028, a Volkswagen pretende investir R$ 20 bilhões na América do Sul, com foco em eletrificação, atualização de software e integração de sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS). Segundo Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil, o plano representa uma nova etapa, com ofertas em todas as modalidades de propulsão.
A primeira novidade será o lançamento do primeiro híbrido flex da marca, previsto para entrar em produção já em 2026 na unidade Anchieta. Baseado na plataforma MQB37, o modelo combinará motor elétrico com propulsão a etanol, ampliando a eficiência energética e aproveitando a infraestrutura brasileira de biocombustíveis. Embora o nome do modelo ainda não tenha sido confirmado, especulações apontam para o Nivus como possível candidato.
Além da eletrificação, o investimento contempla a expansão dos sistemas de segurança e conectividade. Modelos como o Virtus Highline já oferecem ADAS, e a expectativa é que essas tecnologias se tornem padrão em toda a linha.
Apesar do otimismo, a montadora reconhece desafios logísticos e industriais, especialmente diante da pressão global sobre a cadeia de semicondutores. A Volkswagen também registrou prejuízo bilionário no terceiro trimestre, o que exige flexibilidade na execução do plano.
Com essa decisão, a Volkswagen reforça seu compromisso com a sustentabilidade e posiciona o Brasil como protagonista na produção de veículos híbridos. A meta é clara: democratizar a eletrificação e preparar o portfólio regional para um futuro mais limpo, seguro e conectado.
Com informação do News Motor.




