Carro elétrico ou a combustão: qual tem a manutenção mais barata?

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A manutenção de veículos elétricos e a combustão é um dos temas que mais geram dúvidas entre motoristas que consideram migrar para a mobilidade elétrica. Embora muitos acreditem que os elétricos sejam praticamente isentos de problemas, a realidade é mais complexa — e envolve vantagens e desafios distintos em relação aos modelos tradicionais.

Foto: Divulgação.

A principal diferença está na complexidade mecânica. Os motores a combustão interna, movidos a gasolina ou etanol, contam com centenas de peças móveis, como pistões, bielas, válvulas e correias. Esse conjunto exige lubrificação constante, gera calor e sofre desgaste natural, o que demanda manutenções frequentes e detalhadas.

Já os carros elétricos operam com um sistema muito mais simples. O motor elétrico possui pouquíssimas partes móveis e elimina componentes como óleo do motor, correia dentada, velas de ignição, escapamento, filtros de combustível e até o radiador tradicional. Isso reduz significativamente a necessidade de revisões periódicas e o custo com peças de reposição.

Estudos apontam que a manutenção de um carro elétrico pode custar até 50% menos do que a de um modelo a combustão. A revisão de rotina, por exemplo, costuma ser feita a cada 20 mil quilômetros, enquanto nos veículos convencionais ela ocorre a cada 10 mil.

No entanto, os elétricos não estão livres de cuidados. Componentes como suspensão, pneus, amortecedores e sistema de direção continuam exigindo atenção. Os freios, por outro lado, tendem a durar mais graças ao sistema de frenagem regenerativa, que utiliza o próprio motor para desacelerar o veículo e recarregar a bateria.

O ponto mais sensível — e caro — dos elétricos é a bateria. Embora a maioria das montadoras ofereça garantia de até oito anos ou 160 mil quilômetros, a substituição fora desse período pode custar até metade do valor do carro. Além disso, colisões que atinjam o assoalho podem danificar o conjunto de baterias, resultando em prejuízos elevados.

Outro fator a considerar é a mão de obra especializada. Por operarem com alta voltagem, os carros elétricos exigem técnicos treinados e equipamentos específicos. Isso limita a rede de oficinas aptas a realizar reparos e pode encarecer serviços mais complexos.

Em resumo, os carros elétricos oferecem economia significativa na manutenção do dia a dia, com menos visitas à oficina e menor desgaste de componentes. No entanto, em caso de falhas graves, especialmente na bateria, os custos podem ser altos. Já os modelos a combustão exigem manutenção mais frequente e variada, mas contam com uma rede de assistência mais ampla e custos mais previsíveis.

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