Poucas situações são tão estressantes e perigosas quanto ter o carro apagando em pleno trânsito. Seja parado no semáforo, em uma ultrapassagem ou ao reduzir para passar por uma lombada, o motor que desliga sozinho pode colocar o condutor e outros motoristas em risco. Esse problema, embora comum, pode ter diversas causas — algumas simples e baratas, outras mais complexas e custosas. Entender os sinais e agir rapidamente é essencial para evitar prejuízos maiores e garantir a segurança.

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O fenômeno geralmente ocorre quando o veículo está em marcha lenta, ou seja, com o motor em baixa rotação. Nessa condição, qualquer falha na alimentação de combustível ou na ignição pode impedir que o motor se mantenha ligado. A seguir, estão listadas as cinco causas mais comuns, organizadas da mais barata à mais cara.
A primeira suspeita deve recair sobre o combustível adulterado. Gasolina ou etanol de má qualidade, muitas vezes “batizados”, não queimam corretamente, provocando falhas na combustão. O motor engasga, perde força e pode apagar. Se o problema começou logo após abastecer, é recomendável esvaziar o tanque e reabastecer em um posto confiável.
Outra causa frequente está nos componentes básicos de manutenção, como velas de ignição, cabos e filtros. Velas desgastadas ou cabos danificados geram faíscas fracas, comprometendo a queima do combustível. Filtros de ar sujos impedem a entrada adequada de oxigênio, enquanto filtros de combustível entupidos dificultam o fluxo da gasolina. Esses itens são baratos e devem ser verificados regularmente.
O corpo de borboleta (TBI) também merece atenção. Responsável por controlar a entrada de ar no motor, ele pode acumular sujeira ao longo do tempo, travando o atuador de marcha lenta. Quando isso acontece, o motor não recebe ar suficiente ao desacelerar, resultando em apagões. Uma limpeza técnica costuma resolver o problema.
Mais grave é o defeito na bomba de combustível, que é o coração do sistema de injeção. Se estiver fraca ou com o pré-filtro entupido, a pressão de combustível cai, afetando o funcionamento do motor. Sinais como dificuldade para dar partida, falhas em subidas, perda de potência e um zunido vindo do banco traseiro podem indicar esse problema.
Por fim, a falha no sensor de rotação é uma das causas mais perigosas e caras. Esse sensor informa à central eletrônica que o motor está em funcionamento. Se ele falha, mesmo que por um instante, a central interpreta que o motor parou e corta imediatamente a faísca e o combustível, fazendo o carro apagar como se a chave tivesse sido desligada. Isso pode acontecer em movimento, tornando a situação extremamente arriscada.
Em todos os casos, o diagnóstico precoce é fundamental. Ignorar os sinais pode levar a reparos mais caros e comprometer a segurança. Por isso, ao perceber que o carro está “morrendo” com frequência, procure um mecânico de confiança. A manutenção preventiva e o cuidado com o abastecimento são atitudes simples que podem evitar grandes dores de cabeça.
Com informações do Garagem 360.





