Nova rodoviária de Salvador atrasa de novo e reforça descrença em prazos do governo estadual

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Por Emerson Pereira – Foto Joá Souza/GOVBA

Prometida para novembro, a entrega da nova Rodoviária de Salvador foi novamente adiada e agora deve ocorrer apenas em dezembro. A informação foi confirmada pela Casa Civil do Estado nesta quarta-feira (8). Segundo o órgão, o atraso se deve ao impacto das chuvas sobre o andamento dos serviços — uma justificativa que não convence parte da população, cansada de ver grandes obras de mobilidade ultrapassarem o cronograma sem explicações claras.

Com 96% das intervenções concluídas, de acordo com o governo, o novo terminal ocupa uma área de 127 mil m² às margens da BR-324, nas imediações de Águas Claras. A estrutura foi projetada para se tornar um importante hub de mobilidade, conectando o metrô, o terminal de ônibus urbano e metropolitano e mais de 300 linhas intermunicipais rodoviárias. Futuramente, também deverá se integrar ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que atenderá Salvador e parte de Simões Filho.

Iniciada em 2021, durante o governo Rui Costa, a construção tinha previsão inicial de ser concluída em 2023. A obra foi idealizada para retirar o tráfego de ônibus rodoviários da região do Iguatemi — um dos maiores gargalos de trânsito da capital — e modernizar o sistema de transporte intermunicipal.

O novo adiamento, contudo, reforça a descrença da população quanto ao cumprimento de prazos em projetos estruturantes. A Bahia acumula um histórico de promessas adiadas, como a ponte Salvador-Itaparica, que há mais de uma década segue sem sair do papel, e o próprio VLT, que começou como um projeto de monotrilho e foi totalmente reformulado antes de entrar em execução.

Enquanto o VLT finalmente avança em bom ritmo, a expectativa é de que a nova rodoviária não siga o mesmo caminho de obras eternamente “quase prontas” — e que, desta vez, dezembro seja realmente o ponto final dessa longa espera.

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