Bombas antifraude prometem revolucionar abastecimento no Brasil até 2029

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O abastecimento de combustíveis no Brasil está prestes a passar por uma transformação tecnológica. Até 2029, todas as bombas dos postos deverão ser substituídas por modelos antifraude, com o objetivo de garantir mais segurança, transparência e precisão para os consumidores. A medida surge após investigações que revelaram vulnerabilidades graves no setor, incluindo esquemas de adulteração ligados ao crime organizado.

Foto: Divulgação.

Combate às fraudes e avanço regulatório

A decisão foi motivada por denúncias recebidas pelo Inmetro e pela Operação Carbono Oculto, que desmantelou esquemas envolvendo lavagem de dinheiro e combustível falsificado. Em resposta, o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) definiu a obrigatoriedade das bombas antifraude em todo o território nacional.

Segundo Fred Alexandre, do IPEM-SP, os novos equipamentos são parte de uma “cadeia de confiança” que garante que o volume exibido no visor corresponde ao que é realmente entregue ao veículo.

Tecnologia embarcada: criptografia e validação

As bombas antifraude contam com arquitetura digital que utiliza criptografia e assinaturas eletrônicas para impedir manipulações. Em caso de divergência, o painel exibe um erro; quando tudo está correto, uma mensagem de validação aparece no visor, confirmando o abastecimento seguro.

Cada fabricante possui sinalizações próprias, o que dificulta a padronização explorável por fraudadores. O sistema também registra eventos e garante a integridade da comunicação entre os módulos da bomba.

O que muda para o consumidor?

  • Maior segurança e confiabilidade no abastecimento
  • Garantia de volumetria precisa (quantidade entregue = quantidade exibida)
  • A qualidade do combustível ainda não é monitorada por esse sistema

Apesar de um aumento estimado de 30% no custo de instalação, o setor projeta estabilidade nos preços ao consumidor. A substituição será gradual, conforme a vida útil dos equipamentos atuais.

Fiscalização e próximos passos

Fiscais do IPEM farão verificações periódicas e aplicarão multas em caso de irregularidades. Em São Paulo, cerca de 400 bombas antifraude já estão em operação, e o site do instituto lista os postos que adotaram a tecnologia.

Um aplicativo em fase beta, voltado inicialmente para equipes reguladoras, permitirá que consumidores verifiquem a procedência e conformidade das bombas por meio de pareamento via Bluetooth. A expectativa é que a ferramenta seja liberada ao público nos próximos anos.

Com informações do News Motor.

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