Os veículos híbridos plug-in (PHEV) foram projetados para oferecer o melhor dos dois mundos: a autonomia dos motores a combustão e a eficiência dos sistemas elétricos. No entanto, um estudo recente do Toyota Research Institute (TRI) revelou que muitos motoristas não estão aproveitando essa tecnologia como deveriam — simplesmente por não recarregarem seus carros com a frequência necessária.

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Essa prática, segundo os pesquisadores, anula os principais benefícios do sistema plug-in. Ao não carregar a bateria, o veículo passa a operar exclusivamente com o motor a combustão, carregando o peso extra das baterias sem usufruir da eletrificação. Isso resulta em maior consumo de combustível e menor eficiência geral.
Um exemplo citado é o Toyota RAV4 Plug-in, que pesa cerca de 1.950 kg — 300 kg a mais que a versão híbrida convencional. Quando carregado, o modelo oferece até 55 km de autonomia elétrica e consumo urbano de até 35 km/l. Sem recarga, esses números caem drasticamente.
Para enfrentar esse desafio, a Toyota está desenvolvendo o aplicativo ChargeMinder, que funciona como um “treinador digital” para incentivar os motoristas a manterem seus veículos carregados. O app utiliza notificações, mensagens motivacionais e até minijogos para reforçar o hábito, além de sugerir estações de recarga próximas com base na localização do usuário.
Os primeiros testes do ChargeMinder, realizados no Japão e nos Estados Unidos, mostraram resultados promissores. Nos EUA, houve aumento de 10% nas recargas realizadas. No Japão, 59% dos usuários passaram a carregar seus veículos em horários com maior disponibilidade de energia renovável.
A mensagem é clara: tecnologia e hábito precisam andar juntos. Não carregar um híbrido plug-in é desperdiçar uma solução que foi criada para reduzir emissões, economizar combustível e promover uma mobilidade mais sustentável.
Com informações do News Motor.