A prática de cortar caminho por calçadas, passarelas ou acostamentos, comum entre motociclistas nas ruas brasileiras, pode parecer uma “roubadinha inocente”, mas representa uma infração gravíssima segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além do prejuízo financeiro, esse tipo de conduta coloca em risco a segurança de pedestres e ciclistas, e contribui para a normalização de comportamentos perigosos no trânsito.

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De acordo com o artigo 193 do CTB, é proibido circular com qualquer tipo de veículo em espaços destinados exclusivamente a pedestres ou à segurança viária, como calçadas, passeios, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, canteiros centrais, jardins públicos, acostamentos e marcas de canalização. A infração é considerada gravíssima e resulta em multa de R$ 293,47, multiplicada por três, totalizando R$ 880,41. O condutor ainda recebe sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A justificativa para a proibição é clara: esses espaços não foram projetados para suportar o tráfego de veículos. Ao invadi-los, o motociclista expõe pedestres — incluindo crianças e idosos — a riscos de atropelamento e acidentes graves. Pequenas falhas de equilíbrio ou obstáculos inesperados podem transformar um atalho em tragédia.
Especialistas em segurança viária alertam que o impacto da multa vai além do bolso. O objetivo da penalidade é educar e conscientizar os condutores sobre a importância de respeitar os limites físicos e funcionais do espaço urbano. Cada área tem uma função específica, e desrespeitá-la compromete a integridade de todos que compartilham o ambiente.
A surpresa com o valor elevado da multa tem servido como alerta para muitos motociclistas. Em comparação com outras infrações comuns, o montante é significativamente maior, reforçando o caráter dissuasivo da medida. Mais do que evitar penalidades, respeitar o CTB é um ato de responsabilidade coletiva.
No fim das contas, a mensagem é direta: atalhos podem custar caro — não apenas em dinheiro ou pontos na carteira, mas principalmente em vidas humanas. A fiscalização existe para proteger, e a mudança de comportamento começa com o respeito às regras.
Com informações do News Motor.