A gigante chinesa BYD registrou sua primeira queda trimestral de vendas desde 2020, acendendo um sinal de alerta no mercado automotivo global. No terceiro trimestre de 2025, a montadora vendeu 1.105.591 veículos em seu mercado doméstico, uma retração de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora o percentual pareça modesto, representa um marco negativo importante para uma empresa que vinha em crescimento contínuo nos últimos quatro anos.
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O cenário se agravou em setembro, quando as vendas caíram 5,9%. A marca principal do grupo, BYD, foi a mais afetada, com queda de 4%. A principal explicação para o recuo está na mudança de comportamento do consumidor chinês, especialmente em relação aos veículos híbridos plug-in (PHEV), que sofreram uma queda expressiva de 23,7% nas vendas. Por muito tempo, esses modelos foram o carro-chefe da empresa, mas agora enfrentam desaceleração no mercado local.
Apesar da retração nos híbridos, os carros 100% elétricos (BEV) da BYD apresentaram crescimento de 31,4% no mesmo período, indicando que a empresa continua ganhando força no segmento de elétricos puros — considerado o futuro da mobilidade.
Fora da China, os números são mais animadores. As exportações globais da montadora dispararam, com 232.806 veículos enviados para o exterior no terceiro trimestre, um crescimento de 146,4% em relação ao ano anterior. Além disso, as submarcas do grupo mostraram desempenho positivo: a Fang Cheng Bao, focada em SUVs robustos, teve alta de 345%; a Denza, voltada ao mercado de luxo, cresceu 20,5%; e a Yangwang, divisão de supercarros, avançou 145%.
O momento da BYD é de transição. A queda nas vendas de híbridos no mercado interno contrasta com a expansão internacional e o fortalecimento de segmentos de nicho e elétricos. A empresa enfrenta desafios, mas também mostra capacidade de adaptação diante das mudanças no perfil de consumo e nas exigências do setor automotivo.
Com informações do Garagem 360.
