Uma das tendências mais marcantes do design automotivo moderno pode estar com os dias contados. Reguladores chineses estão finalizando um projeto de norma que proibirá o uso de maçanetas totalmente retráteis em veículos novos a partir de julho de 2027. A medida responde a uma série de falhas funcionais e riscos em situações de emergência, como incêndios e colisões, onde o acesso ao interior do veículo pode ser comprometido.

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Testes do C-IASI revelaram que veículos com maçanetas eletrônicas tiveram apenas 67% de sucesso na abertura de portas após colisões, contra 98% das maçanetas mecânicas. Além disso, o Sistema Nacional de Investigação Aprofundada de Acidentes apontou que 82% dos acidentes relacionados a falhas de abertura em 2024 envolveram modelos com maçanetas ocultas2.
Apesar do apelo estético e promessas de ganhos aerodinâmicos, os benefícios práticos são mínimos. O custo elevado, a baixa confiabilidade e a vulnerabilidade em condições climáticas extremas têm levado montadoras como Volkswagen e Audi a adotar soluções semirretráteis com redundância mecânica.
A decisão chinesa pode influenciar padrões globais, com o Euro NCAP também revisando critérios de segurança para veículos que substituem controles físicos por telas sensíveis ao toque.
Com informações do Garagem 360.