Carro no Brasil não é barato: conheça as três peças que mais quebram e pesam no bolso dos motoristas

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Manter um carro no Brasil continua sendo um desafio financeiro para milhões de motoristas. Além dos custos com combustível, seguro e impostos, os reparos mecânicos representam uma das maiores fontes de despesa e preocupação. Um levantamento recente, baseado em dados de oficinas credenciadas, associações do setor e relatos de consumidores, revelou os três componentes automotivos que mais apresentam falhas recorrentes e exigem manutenção cara em 2025.

Foto: Divulgação.

Câmbio automático: conforto que pode custar caro

O câmbio automático, cada vez mais presente nos veículos vendidos no país, é também um dos principais vilões da manutenção. Modelos equipados com transmissões CVT, DSG, Powershift e de nove marchas têm apresentado falhas frequentes, especialmente em veículos com mais de 60 mil quilômetros rodados.

Segundo mecânicos especializados, os problemas mais comuns incluem trancos, superaquecimento, desgaste prematuro das correias (no caso do CVT), falhas em embreagens e módulos mecatrônicos (no DSG), além de defeitos recorrentes no sistema Powershift, que já foi alvo de diversos recalls. A transmissão de nove marchas, presente em modelos da Jeep como Renegade e Compass, também tem gerado reclamações por substituições precoces.

Os custos de reparo variam entre R$ 8 mil e R$ 25 mil, dependendo do modelo e da complexidade do sistema. Em muitos casos, motoristas optam por vender o veículo após o primeiro defeito grave, diante da inviabilidade financeira da manutenção.

Sistema de arrefecimento: o risco invisível

Outro componente que exige atenção é o sistema de arrefecimento, responsável por controlar a temperatura do motor. Falhas nesse sistema são comuns em modelos populares e SUVs, muitas vezes causadas por negligência na manutenção ou por defeitos de projeto.

Radiadores entupidos ou furados, bombas d’água defeituosas e válvulas termostáticas travadas estão entre os problemas mais relatados. Quando não detectados a tempo, esses defeitos podem levar ao superaquecimento do motor e até à sua fundição, gerando prejuízos que ultrapassam facilmente os R$ 10 mil.

Suspensão dianteira: vítima das ruas brasileiras

A suspensão dianteira também figura entre os componentes mais vulneráveis, especialmente nas cidades brasileiras, onde buracos e irregularidades nas vias são comuns. Amortecedores, buchas, bandejas e pivôs sofrem desgaste acelerado, comprometendo a estabilidade e o conforto do veículo.

Em SUVs compactos como Jeep Renegade, Renault Duster e Nissan Kicks, pacotes completos de reparo podem custar entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. Já em carros populares, como Fiat Argo e Chevrolet Onix, os valores são menores, mas ainda representam impacto significativo no orçamento do motorista.

Por que essas peças falham tanto?

Especialistas apontam três fatores principais para o alto índice de falhas: projetos cada vez mais complexos, uso severo dos veículos em condições adversas (como calor intenso, trânsito pesado e combustível de baixa qualidade) e negligência na manutenção preventiva.

Como evitar prejuízos

Oficinas recomendam medidas simples para prolongar a vida útil dos componentes:

  • Trocar o fluido do câmbio automático a cada 40 a 60 mil km, mesmo quando a montadora indica uso “vitalício”.
  • Verificar o nível e a qualidade do líquido de arrefecimento em cada revisão.
  • Substituir amortecedores e buchas preventivamente, antes que ruídos ou perda de estabilidade apareçam.

Esses cuidados, embora representem gastos no curto prazo, podem evitar prejuízos muito maiores no futuro.

O peso no bolso do motorista brasileiro

Estudos de associações de reparadores mostram que cerca de 40% das grandes despesas de manutenção automotiva estão ligadas ao câmbio automático, ao sistema de arrefecimento e à suspensão dianteira. Mesmo em carros populares, o gasto acumulado ao longo de alguns anos pode variar entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Em SUVs e sedãs médios, os valores podem superar até o custo de revenda do veículo.

Conhecer os componentes mais problemáticos e investir em manutenção preventiva é a melhor estratégia para evitar surpresas desagradáveis e manter o carro em boas condições sem transformar o automóvel em uma bomba-relógio financeira.

Com informações do News Motor.

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