A Jaguar Land Rover (JLR) enfrenta uma crise global após sofrer um ciberataque que interrompeu severamente suas operações de produção e vendas. O incidente, ocorrido durante o fim de semana, obrigou a montadora britânica a desligar seus sistemas como medida de contenção, afetando diretamente a fábrica de Solihull, no Reino Unido — responsável pelos modelos Range Rover e Range Rover Sport.

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Segundo comunicado oficial, o ataque comprometeu os sistemas de registro das concessionárias, impossibilitando o emplacamento de novos veículos em uma das datas mais importantes do calendário comercial. Além disso, houve impacto na cadeia de suprimentos, com atrasos no fornecimento de peças e na manutenção de veículos já vendidos.
A JLR, controlada pela indiana Tata Motors, informou que não há evidências de vazamento de dados de clientes até o momento. No entanto, a empresa não estabeleceu um prazo para a normalização dos sistemas, o que reforça a complexidade do problema. A Tata comunicou o incidente à bolsa de valores, classificando-o como um “incidente de segurança de TI”.
O episódio destaca os riscos crescentes enfrentados por montadoras em um cenário cada vez mais digitalizado. A dependência de sistemas tecnológicos para gerenciar produção, logística e vendas torna as empresas vulneráveis a ataques que podem gerar prejuízos financeiros e operacionais significativos.
Enquanto trabalha para restaurar suas plataformas, a JLR recomenda que consumidores fiquem atentos a possíveis atrasos na entrega de veículos novos e na disponibilidade de peças. Embora o site público da marca continue funcionando, incluindo o configurador de modelos, a paralisação nos bastidores revela a fragilidade da cadeia de valor da indústria automotiva diante de ameaças cibernéticas.
Com informações do Garagem 360.