A expectativa de ver a Fiat Toro vestida com o escorpião da Abarth foi oficialmente frustrada. Durante o lançamento da linha 2026 da picape, Frederico Battaglia, vice-presidente da Fiat América do Sul, confirmou que a Toro não será o terceiro modelo esportivo da divisão Abarth no Brasil. A decisão, segundo o executivo, está alinhada ao perfil que a marca busca para seus lançamentos esportivos, e a picape não se encaixa nesse posicionamento.

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Apesar do apelo popular e das especulações sobre uma possível versão equipada com o motor 2.0 Hurricane de 272 cv — o mesmo utilizado na Ram Rampage —, a Fiat considera o projeto inviável. O custo elevado para adaptar direção, suspensão e emissões às exigências de um modelo Abarth, somado ao caráter de nicho da proposta, tornou a ideia pouco atrativa comercialmente.
Com Pulse e Fastback já integrados à linha Abarth, a dúvida agora recai sobre qual será o terceiro modelo esportivo da marca no país. Hatches como Argo e Mobi estão praticamente descartados, devido à queda nas vendas e ao foco mais popular. A aposta mais promissora é o Fiat Grande Panda, substituto do Argo, que deve chegar ao Brasil em 2026 com outro nome.
O Grande Panda, lançado inicialmente na Europa, tem perfil global e configurações que se alinham ao DNA Abarth. Entre os motores disponíveis, o destaque vai para o 1.3 turbo flex de até 185 cv e 27,5 kgfm — o mesmo utilizado no Pulse Abarth. Essa motorização, aliada ao visual robusto e à proposta de SUV compacto, torna o modelo um forte candidato a receber a assinatura esportiva da marca.
Enquanto isso, a Fiat Toro segue sua trajetória como picape urbana de desempenho sólido, especialmente nas versões com motor 2.0 turbodiesel. Embora a ideia de uma Toro Abarth seja sedutora para os fãs da marca, a Fiat opta por manter o foco em modelos com maior viabilidade técnica e comercial para a divisão esportiva.
A decisão reforça a estratégia da Abarth de priorizar veículos com perfil dinâmico e urbano, deixando de lado propostas que exigiriam investimentos elevados para atender a um público restrito. Ainda assim, o entusiasmo dos entusiastas permanece vivo — e a possibilidade de uma Toro Abarth, embora remota, continua alimentando o imaginário automotivo brasileiro.
Com informações do Garagem 360.