Governo concede isenção de imposto para importação de veículos eletrificados por 16 montadoras

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O governo federal anunciou uma medida que promete alterar significativamente o cenário do mercado automotivo brasileiro. A partir de agosto de 2025, 16 montadoras foram autorizadas a importar veículos híbridos, híbridos plug-in e elétricos com alíquota zero de imposto de importação. A isenção vale para modelos trazidos em formato CKD (completamente desmontado) ou SKD (semi-desmontado), com montagem final realizada em território nacional.

Foto: Divulgação.

A iniciativa tem validade de seis meses e estabelece um teto de US$ 463 milhões para a cota total de importações, que será dividida entre as empresas habilitadas. A expectativa é que aproximadamente 30 mil veículos possam ser importados nesse período, considerando o custo médio unitário de R$ 200 mil.

Marcas habilitadas

A lista divulgada pelo governo inclui montadoras de grande porte e empresas emergentes que já atuam ou planejam expandir suas operações no Brasil. Entre elas estão:

  • Audi
  • BMW
  • BYD
  • Caoa Chery
  • GAC
  • GWM
  • Honda
  • Hyundai
  • Jaguar Land Rover
  • Kia Motors
  • Mercedes-Benz
  • Omoda-Jaecoo
  • Porsche
  • Renault
  • Toyota
  • Volvo

A medida é vista como uma tentativa de acelerar a introdução de modelos eletrificados no país, ao mesmo tempo em que busca preservar a indústria nacional por meio da exigência de montagem local.

Entenda os formatos CKD e SKD

O formato CKD (Completely Knocked Down) refere-se à importação de veículos completamente desmontados, que são montados integralmente no Brasil. Já o formato SKD (Semi Knocked Down) envolve a chegada de veículos parcialmente montados, exigindo menos etapas de montagem local. Ambos os modelos permitem que as montadoras aproveitem a isenção, desde que cumpram os requisitos de finalização em território nacional.

Reações do setor

A decisão gerou reações distintas entre as montadoras. Empresas como a BYD, que ainda não produzem todos os seus modelos localmente, comemoraram a possibilidade de importar kits para montagem nacional. Por outro lado, marcas como Kia, Mercedes-Benz e Porsche, que operam com foco na importação de veículos prontos, podem não se beneficiar diretamente da medida.

A proposta também reacendeu o debate sobre a proteção da indústria nacional. Enquanto alguns setores veem a isenção como uma ameaça à produção local, outros destacam seu papel estratégico na ampliação da oferta de veículos eletrificados, alinhando o país às tendências globais de mobilidade sustentável.

Perspectivas

Com a crescente demanda por veículos menos poluentes e mais eficientes, a medida pode representar um avanço importante na transição energética do setor automotivo brasileiro. A curto prazo, espera-se um aumento na variedade de modelos eletrificados disponíveis no mercado. A médio e longo prazo, o impacto dependerá da capacidade das montadoras de consolidar operações locais e da evolução das políticas públicas voltadas à mobilidade sustentável.

Com informações do Garagem 360.

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