Lucro da Toyota despenca 37% após tarifaço de Trump e levanta alerta sobre impacto global

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A Toyota, maior montadora de veículos do mundo, registrou uma queda de 37% em seu lucro líquido no segundo trimestre de 2025, reflexo direto das tarifas comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos. O resultado, divulgado pela própria companhia, representa um dos piores desempenhos trimestrais da marca nos últimos anos e levanta preocupações sobre os efeitos da política protecionista norte-americana sobre o setor automotivo global.

Foto: Divulgação.

Entre abril e junho, o lucro líquido da Toyota somou US$ 5,71 bilhões, abaixo dos US$ 9 bilhões registrados no mesmo período de 2024. Embora o número tenha superado ligeiramente as expectativas de analistas, a empresa revisou para baixo suas projeções de lucro anual, prevendo um impacto de até US$ 3 bilhões em decorrência das tarifas sobre veículos japoneses exportados para os Estados Unidos.

As tarifas, que chegaram a 25% e foram recentemente reduzidas para 15%, afetam diretamente as operações da Toyota na América do Norte. A empresa possui fábricas no México e no Canadá, cujas exportações para os EUA continuam sujeitas às taxas mais altas. A margem líquida da montadora caiu de 11,3% para 6,9% no trimestre, evidenciando a pressão sobre os resultados operacionais.

Apesar da queda no lucro, a receita da Toyota cresceu 3,5% no período, impulsionada pelo bom desempenho no Japão e nos Estados Unidos. A empresa também anunciou a construção de uma nova fábrica de montagem no Japão, prevista para entrar em operação no início da década de 2030.

O cenário pode ganhar novos contornos com o recente acordo comercial firmado entre Japão e Estados Unidos, que prevê investimentos de US$ 550 bilhões em território norte-americano. A expectativa é que o pacto contribua para aliviar as tensões comerciais e abrir novas oportunidades de negócios para empresas japonesas, incluindo a Toyota.

Embora a queda no lucro seja significativa, analistas apontam que a Toyota mantém uma base sólida e capacidade de adaptação. A montadora já iniciou ajustes estratégicos para mitigar os efeitos das tarifas, incluindo revisão de cadeias de produção e diversificação de mercados.

A crise atual não indica risco de falência, mas exige respostas rápidas e eficazes da empresa para preservar sua competitividade global. O episódio também reacende o debate sobre os impactos das políticas comerciais protecionistas em setores estratégicos da economia internacional.

Com informações do Garagem 360.

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