Quilometragem ideal para carros usados: o que realmente importa na hora da compra

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Ao buscar um carro usado, muitos consumidores se deparam com um dilema recorrente: qual seria a quilometragem ideal para garantir uma compra segura e vantajosa? Embora esse número seja frequentemente utilizado como argumento de venda por lojistas, especialistas alertam que ele não deve ser o único critério levado em consideração.

Foto: Divulgação.

A quilometragem, por si só, pode indicar o nível de desgaste do veículo, mas não revela toda a história. Um carro com baixa rodagem pode ter sido negligenciado em manutenção, enquanto outro com quilometragem mais elevada pode ter sido cuidadosamente revisado ao longo dos anos. Segundo especialistas do setor automotivo, a média considerada aceitável para uso regular gira entre 10 mil e 15 mil quilômetros por ano. Acima disso, o veículo pode ter sido submetido a uso intenso, o que exige atenção redobrada.

No entanto, o tipo de uso também influencia diretamente na durabilidade do automóvel. Veículos que circulam predominantemente em rodovias tendem a sofrer menos desgaste do que aqueles utilizados em trajetos urbanos, onde o trânsito, os buracos e as frenagens constantes aceleram o envelhecimento de componentes como suspensão, freios e câmbio.

Outro ponto de alerta é a possibilidade de fraudes. A adulteração de hodômetros ainda é uma prática comum entre golpistas que buscam tornar o carro mais atrativo ao comprador. Para evitar cair nesse tipo de armadilha, é recomendável observar sinais de desgaste incompatíveis com a quilometragem declarada, como volante, pedais e câmbio excessivamente gastos. Componentes novos demais para a idade do carro também podem indicar manipulação. Solicitar o manual do proprietário e verificar se as revisões estão alinhadas com a quilometragem registrada é uma medida preventiva essencial.

Além disso, carros com quilometragem extremamente baixa — por exemplo, menos de 20 mil km em dez anos — também merecem atenção. A falta de uso pode gerar problemas como ressecamento de borrachas, vencimento de fluidos e falhas em sistemas eletrônicos, tornando o veículo menos confiável do que aparenta.

Em resumo, a quilometragem é um fator relevante, mas deve ser analisada em conjunto com o estado geral do veículo, histórico de manutenção e tipo de uso. O comprador deve estar atento aos detalhes, buscar ajuda profissional quando necessário e não hesitar em cancelar a negociação caso algo pareça suspeito. Assim, é possível fazer uma escolha mais consciente e segura, evitando prejuízos e garantindo tranquilidade ao volante.

Com informações News Motor.

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