Golpe das peças de carro batido: como funciona e como se proteger

0
9

Com o crescimento das compras online e o aumento da busca por peças automotivas mais acessíveis, criminosos têm se aproveitado dessa demanda para aplicar um golpe cada vez mais sofisticado: a fraude das peças de carro batido. O esquema envolve a divulgação de anúncios falsos de veículos sinistrados com promessas de peças por preços extremamente baixos. Esses anúncios são publicados em marketplaces, redes sociais como Facebook e Instagram, e principalmente em grupos de WhatsApp.

Foto: Gerada por IA.

As fotos dos veículos utilizados nos anúncios, geralmente de boa qualidade, são reais, mas não pertencem aos golpistas. Elas são extraídas de publicações legítimas de desmanches ou de perfis automotivos. Para parecerem confiáveis, os criminosos criam perfis falsos nas redes sociais e até sites com nomes que remetem a empresas do setor, como desmanches e pátios de veículos. Esses perfis podem apresentar seguidores comprados e interações artificiais, simulando legitimidade.

A abordagem inicial é feita de maneira cordial e profissional. Os golpistas usam linguagem técnica, apresentam dados comerciais (como CNPJ e endereço físico), e criam uma atmosfera de credibilidade. Após o contato inicial, a conversa é rapidamente transferida para o WhatsApp, onde a negociação acontece. É nesse ambiente mais informal que os golpistas intensificam a pressão pelo pagamento, utilizando argumentos como “última unidade disponível” ou “promoção exclusiva por tempo limitado”.

O pagamento é solicitado via transferência bancária, geralmente por PIX ou TED, para contas de pessoas físicas (conhecidas como laranjas) ou empresas fantasmas. Após o pagamento, o contato é bloqueado, os perfis são desativados e o comprador fica sem produto e sem chance de reaver o valor investido.

Recomendações para evitar o golpe

A melhor forma de se proteger é estar atento aos sinais de alerta e adotar práticas seguras na hora de comprar:

  • Desconfie de valores muito abaixo da média do mercado.
  • Pesquise o nome da empresa ou do vendedor em sites como Reclame Aqui e nas redes sociais.
  • Solicite o CNPJ e consulte na Receita Federal para verificar se o nome da empresa confere com o cadastro oficial.
  • Verifique a existência de um endereço físico e, se possível, agende uma videochamada para conferir a peça em estoque.
  • Evite realizar pagamentos antecipados para contas de terceiros.
  • Desconfie de páginas novas, com poucos comentários ou interações genéricas.
  • Faça uma busca reversa das imagens dos anúncios para verificar se foram copiadas de outros sites.
  • Solicite nota fiscal e um contrato simples de compra e venda.

Caso perceba sinais de fraude ou seja vítima, denuncie os perfis e anúncios suspeitos às plataformas utilizadas e registre boletim de ocorrência para formalizar o crime.

Com informações do Garagem 360.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here