Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram uma tecnologia promissora para a produção de hidrogênio verde, utilizando três ingredientes inusitados: alumínio reciclado, água do mar e cafeína. A proposta é reduzir drasticamente as emissões de carbono associadas à geração de hidrogênio, tornando o processo mais sustentável, acessível e viável em escala industrial.

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O método parte da reação entre alumínio puro e água do mar, catalisada por uma liga de gálio-índio. O sal presente na água facilita a recuperação dessa liga, enquanto a cafeína — mais especificamente o imidazol, um de seus componentes — acelera a remoção da camada de óxido que normalmente impede a reação do alumínio com a água. Com isso, o alumínio reage diretamente com a água do mar, liberando hidrogênio de forma rápida e eficiente.
Segundo os pesquisadores, o processo gera apenas 1,45 kg de CO₂ por quilo de hidrogênio produzido, uma redução de quase 10 kg em relação aos métodos convencionais baseados em combustíveis fósseis. Além disso, o custo estimado de produção é de US$ 9 por quilo, valor competitivo no mercado atual.
A equipe do MIT também propõe um modelo de distribuição baseado em pellets de alumínio reciclado, que seriam transportados como “combustível sólido” para postos localizados próximos ao mar. Nesses locais, o hidrogênio seria gerado sob demanda, eliminando a necessidade de transportar o gás, que é altamente volátil. O subproduto do processo, chamado boemita, pode ser reaproveitado pela indústria de semicondutores, agregando valor ao ciclo.
Com informações do Garagem 360.