A ideia de que completar o tanque “até a borda” garante mais autonomia é comum entre motoristas, mas especialistas alertam: essa prática pode causar danos reais ao sistema de recuperação de vapores do veículo e gerar custos elevados de manutenção.

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O sistema de recuperação de vapores — composto por um filtro de carvão ativado chamado cânister e válvulas de controle de emissões — foi criado para evitar que os vapores do combustível escapem para a atmosfera. Quando o tanque é abastecido além do limite, o líquido pode invadir esse sistema, que foi projetado para lidar apenas com vapor. Isso satura o cânister, prejudica sensores e pode acionar a luz de verificação do motor, exigindo reparos que podem ultrapassar R$ 1.000.
Além disso, muitos postos modernos possuem sistemas automáticos de corte que interrompem o abastecimento quando o tanque atinge sua capacidade ideal. Ignorar esse corte e pedir “só mais um pouquinho” não só desperdiça combustível — que pode ser devolvido ao sistema do posto — como também aumenta o risco de vazamentos, perda de desempenho e até falhas na ignição.
Outro ponto importante é que o excesso de combustível pode gerar pressão interna no tanque, afetando válvulas e sensores do sistema de injeção eletrônica. Com o tempo, isso compromete a eficiência do motor e aumenta o consumo de combustível.
A recomendação dos fabricantes é clara: interrompa o abastecimento no primeiro desarme da bomba. Esse gesto simples protege o sistema de emissões, evita desperdícios e prolonga a vida útil do veículo.
Com informações do News Motor.