Utrecht transforma bicicletas em aliadas do meio ambiente com sensores de qualidade do ar

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Conhecida por abraçar a mobilidade urbana como prioridade, Utrecht — cidade holandesa com o maior bicicletário do mundo — agora se destaca por uma iniciativa inovadora: monitorar a qualidade do ar usando sensores instalados diretamente no guidão das bicicletas de moradores.

Foto: Divulgação.

Snuffelfiets: ciência cidadã sobre duas rodas

Batizado de Snuffelfiets (“bicicleta farejadora”), o projeto envolve 500 ciclistas voluntários que coletam dados sobre poluentes atmosféricos enquanto pedalam por rotas urbanas. Os sensores medem partículas finas em tempo real, registrando os trajetos via GPS e enviando tudo para a plataforma Samen Meten Utrecht, que integra medições fixas e móveis.

De dados à ação pública

A inteligência do sistema permite mapear a poluição com precisão inédita — revelando, por exemplo, que cruzamentos movimentados têm pior qualidade do ar, enquanto parques e ciclovias afastadas oferecem respiro limpo. Os dados ajudam autoridades a planejar ciclovias, limitar tráfego e criar campanhas de conscientização.

Mais que ar puro: educação e engajamento

Além de orientar políticas públicas, o Snuffelfiets estimula a educação ambiental e o envolvimento da população. Projetos complementares incluem medição de temperatura urbana, ruído e qualidade da água — todos com participação ativa dos cidadãos. Estudantes também são incluídos, por meio de iniciativas como o programa GLOBE.

Utrecht, capital da bicicleta

Desde 2023, a cidade abriga o maior bicicletário do planeta, com 22 mil vagas integradas à estação central. O objetivo é claro: fazer da bicicleta não apenas um meio de transporte, mas parte da transformação sustentável das cidades.

Com informações do Estadão Mobilidade.

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