Abastecer o carro até a boca parece uma boa ideia para garantir mais autonomia, mas especialistas alertam: esse hábito, comum entre motoristas, pode colocar em risco o bom funcionamento do veículo e ainda causar prejuízos ao bolso.

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Por que não passar do limite?
Os tanques de combustível modernos são equipados com sistemas de contenção e recuperação de vapores, que evitam a liberação de gases tóxicos no meio ambiente. Quando o motorista insiste em continuar abastecendo após o acionamento automático da bomba, esses sistemas podem ficar saturados com gasolina líquida, comprometendo seu funcionamento.
Os principais riscos são:
- Danos ao sistema de emissões: excesso de combustível pode afetar válvulas, sensores e filtros de vapor;
- Acendimento da luz de verificação do motor (check engine): o que exige diagnóstico e, muitas vezes, conserto;
- Saturação dos filtros de evaporação: peças responsáveis por conter os vapores dentro do tanque podem ser danificadas;
- Desperdício financeiro: parte da gasolina pode ser devolvida à bomba pelas válvulas de recuperação, sem entrar no veículo.
Conserto pode pesar no orçamento
Além de prejudicar o desempenho do carro, os reparos podem sair caros — dependendo do modelo, o custo para substituir componentes do sistema EVAP (controle de emissões por evaporação) pode ultrapassar os R$ 2.000.
Dicas simples para evitar problemas
- Pare de abastecer assim que a bomba “desarmar”;
- Evite apertar o gatilho para “completar até a tampa”;
- Esteja atento à luz de alerta do motor e procure um mecânico caso surja após o abastecimento;
- Sempre exija nota fiscal e evite abastecer em locais desconhecidos.
A manutenção preventiva começa no posto
Evitar o excesso no abastecimento é uma atitude simples, mas essencial para prolongar a vida útil do seu veículo, preservar o meio ambiente e economizar dinheiro. Afinal, no trânsito — como na vida — menos pode ser mais.
Com informações do News Motor.