No Brasil, os radares de velocidade são amplamente utilizados para garantir segurança nas estradas. No entanto, por não apresentarem medições absolutamente precisas, esses equipamentos contam com uma margem de tolerância — algo que muitos motoristas desconhecem e que pode ser decisivo na hora de evitar multas.

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Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), há uma tabela que define a velocidade considerada pelo radar com base na velocidade medida, descontando um valor que representa possíveis variações nos equipamentos. Por exemplo, ao ser flagrado a 57 km/h, o radar considera 50 km/h, dentro do limite permitido em muitas vias urbanas.
Essa margem de segurança leva em conta eventuais diferenças entre a velocidade mostrada no velocímetro do veículo e a efetivamente registrada pelos radares. Confira alguns exemplos da tabela de tolerância:
Velocidade medida | Velocidade considerada |
---|---|
37 km/h | 30 km/h |
57 km/h | 50 km/h |
77 km/h | 70 km/h |
107 km/h | 100 km/h |
Mas atenção: ultrapassar os limites permitidos, mesmo com essa margem, ainda pode gerar punições severas. Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), há diferentes faixas de penalidade:
- Até 20% acima do limite: multa de R$ 130,16 e 4 pontos na CNH
- Entre 20% e 50%: multa de R$ 195,23 e 5 pontos
- Acima de 50%: multa gravíssima de R$ 880,41, suspensão da carteira por 2 a 8 meses e, em caso de reincidência, por até 18 meses
Especialistas ressaltam que motoristas devem estar atentos não apenas ao velocímetro, mas também às condições das vias e à sinalização, evitando imprevistos e penalidades. Além disso, é direito do condutor recorrer de autuações que considerar injustas, apresentando defesa junto ao órgão responsável.
Conhecer essas informações e entender como funcionam os radares pode fazer toda a diferença na rotina ao volante — para o bolso e para a segurança no trânsito.
Com informações do News Motor.