A mobilidade elétrica no Brasil está passando por uma revolução. A interoperabilidade entre redes de recarga de veículos eletrificados é a grande novidade do setor, permitindo que motoristas tenham mais liberdade e praticidade ao abastecer seus veículos. O movimento é liderado por três gigantes do segmento: BYD, EZVolt e Tupi Mobilidade, que se uniram para criar a maior rede de recarga do país.

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Interoperabilidade: um novo ciclo para o setor
A lógica da interoperabilidade é simples, mas seu impacto é profundo. Assim como o Banco24Horas revolucionou o setor bancário nos anos 1990 e o roaming mudou a telefonia móvel nos anos 2000, essa nova parceria promete transformar a experiência dos motoristas de veículos elétricos.
O aplicativo BYD Recharge, desenvolvido pela Tupi, agora permite que motoristas recarreguem na rede da EZVolt, além das mais de 250 redes já integradas ao ecossistema da Tupi. No total, são mais de 1.500 pontos de recarga distribuídos por todo o Brasil.
O fim das redes isoladas
Até então, quem dirigia um carro elétrico precisava planejar suas recargas com cautela, navegando por sistemas isolados e enfrentando obstáculos como falta de integração e dificuldades de acesso a diferentes redes. Agora, esse cenário começa a mudar.
A interoperabilidade possibilita que diferentes empresas compartilhem infraestrutura sem perder identidade de marca, garantindo aos usuários uma experiência mais fluida e eficiente. Essa mudança é crucial para a popularização dos veículos eletrificados, tornando o sistema mais acessível para novos consumidores.
Mobilidade elétrica como jogo cooperativo
O avanço do setor não se trata de abandonar a competição, mas de eliminar obstáculos e facilitar o acesso. Como no esporte brasileiro frescobol, onde os jogadores não disputam entre si, mas trabalham juntos para manter a bola no ar, a interoperabilidade permite que empresas do setor elétrico cresçam juntas e fortaleçam o mercado.
O que esperar para o futuro?
A iniciativa entre BYD, EZVolt e Tupi representa um marco na maturidade do ecossistema da mobilidade elétrica no Brasil. Se os exemplos do setor bancário e das operadoras de celular servem de referência, esse tipo de movimento pode ser o ponto de virada para a popularização dos carros elétricos no país.
Enquanto a era da fragmentação e da concorrência isolada fica no passado, o futuro da mobilidade elétrica se apresenta como uma experiência colaborativa, onde o grande protagonista é o consumidor.
Com informações do Estadão Mobilidade.