Carros elétricos já dominam mercado europeu, mas Brasil ainda avança a passos lentos

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Enquanto a Europa acelera rumo à mobilidade limpa, o Brasil ainda engatinha. Os carros eletrificados — que incluem os modelos híbridos e 100% elétricos — já representam mais de 60% das vendas de veículos no continente europeu. Por aqui, a realidade ainda é bem diferente.

De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram emplacadas 39.924 unidades eletrificadas no Brasil apenas no primeiro trimestre de 2025. Embora o número represente crescimento em relação a anos anteriores, ele ainda é pequeno diante do potencial de mercado e dos avanços internacionais.

Na Europa, segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), os veículos com algum nível de eletrificação somaram 60,8% dos emplacamentos entre janeiro e março. Foram mais de 1,44 milhão de carros vendidos no continente, sendo os híbridos os mais populares, com 1.214.728 unidades e crescimento de 20,5%. Já os 100% elétricos cresceram ainda mais: alta de 28%, com quase 600 mil unidades emplacadas. Os híbridos plug-in também apresentaram desempenho positivo, com 267.544 vendas — uma alta de 5,6%.

Em contraste, os carros com motor exclusivamente a combustão seguem perdendo espaço. O recuo mais expressivo foi entre os modelos a diesel, que caíram 26,3% e somaram 278.418 unidades. Os movidos a gasolina também tiveram queda significativa, com recuo de 21,2% e 955.551 unidades comercializadas.

O cenário europeu é impulsionado por políticas públicas bem estruturadas, incentivos fiscais, expansão da infraestrutura de recarga e metas ambientais ambiciosas. Já no Brasil, a falta de estímulos governamentais, o alto custo de aquisição e a infraestrutura ainda limitada de recarga dificultam a adesão em massa.

Ainda assim, o futuro dos carros elétricos no Brasil não está descartado. Com a pressão global por descarbonização, a chegada de novas montadoras e o avanço tecnológico que tende a baratear os modelos, o país tem condições de se adaptar — desde que haja vontade política e planejamento. A transição energética no setor automotivo não é mais uma tendência: é um caminho inevitável.

Com informações do Estadão

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